Nas ruas, olhamo-nos com os olhos de um novo pudor, medindo distâncias, definindo fronteiras que importa respeitar. Afinal, o social nunca existiu "em rede" (ilusão infantil partilhada por milhões de pessoas, partilhando imagens de férias, receitas culinárias e impropérios políticos muito pouco disponíveis para pensar politicamente). O social faz-se desta inevitabilidade de sermos corpos à procura de um sistema que integre o corporal, excedendo-o em pensamento e acção. Não estávamos preparados para tão austera aprendizagem. Não sabíamos da humildade que ela nos exige.