20 de setembro de 2020

Primordial

Qualquer afirmação pitoresca, provocatória ou apenas linearmente estúpida de um político tem garantido um eco interminável no espaço mediático. Será esta uma forma de pandemia que desconhecemos? Ou que integrámos como coisa natural? Ou que, ingenuamente, julgamos que não se traduz em efectivo poder político?
Em boa verdade, nem sequer serão essas as questões a colocar. Talvez seja útil regressar à crueza primordial, ao problema crucial — o que é ou pode ser uma existência comunitária — e perguntar: porque aceitamos viver tão mal?