Que passa pela cabeça da pessoa que faz uma entrevista não revelando outra preocupação que não seja apanhar o entrevistado em contradição? Que lhe resta de desejo de conhecer o mundo à sua volta? Porque razão, ou em nome de que lei, se coloca na posição de quem representa uma entidade virginal — o jornalismo, precisamente — que se distinguiria pela legitimidade de tratar o seu semelhante como obrigatoriamente suspeito de algum desvio, pecado ou crime?