Há uma nova ideologia da doença a circular. O individualismo pueril ("o meu fígado está muito pior que o teu estômago...") deu lugar a uma consciência mais metódica ou, pelo menos, menos fútil da singularidade de cada doente — mais exactamente: da aventura única, insubstituível, de cada corpo. Não seria exactamente disto que Barthes falava quando formulava a hipótese de seguir as ideias do meu corpo, reconhecendo que "o meu corpo não tem as mesmas ideias que eu". Ou talvez fosse.