4 de junho de 2020

Beethoven *

Há toda uma geração de jovens jornalistas educados num esquematismo sem culpas. A saber: a actualidade faz-se das tricas do mundo político (com ou sem pandemia); segue-se o futebol, o futebol e o futebol (eventualmente com destaque prévio, indepedentemente do resto da actualidade); o cultural (?) é roupa velha, convém ser tratado como coisa mais ou menos pitoresca, por exemplo lembrando aos incautos cidadãos que, tirando partido de uma qualquer estupidez digital, talvez possam escutar um fragmento breve de Beethoven, online, talvez nem sequer se aborreçam, coitados... Entretanto, proliferam os estudos, análises e outras hipocrisias sobre a reconversão económica, tecnológica e conceptual do espaço mediático.

* Beethoven é opcional. Em caso de gravosa seriedade, talvez se possa recomendar Schoenberg.