A piedade, afinal, não chega. Ao tom inicial que predominou no espaço mediático — a exaltação espectacular das vítimas da pandemia, por vezes "ampliada" por música — sucede o reconhecimento de um cruel desencanto: combater a doença não é uma derivação bíblica; é, de facto, travar uma inusitada guerra política. Daí o desencanto que passou a circular no social (não nas "redes", mas no sistema de relações que integramos), porventura aconchegando-nos um pouco mais no niilismo da moda: somos incapazes, egoístas e irresponsáveis. Eis a filosofia que seguimos, mesmo quando a queremos negar.