A solidariedade não é uma alternativa profilática a que recorremos em situações de crise ou desespero — é antes (literalmente: antes) aquilo que define a comunidade como entidade de todas e para todas as situações. Por cada exaltação gratuita da solidariedade, esquecemos ou banalizamos esse contrato primitivo e a compaixão pelo outro reduz-se a uma forma doentia de piedade.