Estamos a viver também uma virose discursiva: não há forma social de diálogo, intervenção ou administração que não esteja obrigada a integrar o COVID-19 como factor dominante. É bem provável que não seja possível de outra maneira, de tal modo a urgência da nossa saúde colectiva se afigura tão evidente, premente e angustiante. Ainda assim, a pergunta paira: vamos perder a vocação ancestral e artesanal, numa palavra, humana de lidar com tudo o resto? Podemos falar do cinquentenário de Bitches Brew ou o nosso pecado compromete o destino do mundo?