A. No nosso tempo social, que se pode fazer, que pode acontecer que não seja automaticamente "mobilizado" para funcionar como intervenção, declaração, tomada de posição, mensagem ou tribunal?
B. Onde nos conduz este bruaá colectivo, dominado pela obsessão de encerrar todos os gestos humanos em algum significado, supostamente transparente, que os congele como coisa unívoca e definitiva?
C. A utopia parece consistir, agora, em abrir espaços em que algo possa enquistar-se face à agitação circundante e nada significar, resistindo a ser instrumentalizado pela ilusão de que estamos sempre a comunicar. Subitamente, o silêncio pode ser revolucionário.